domingo, 6 de novembro de 2011

Estudos sobre Pedagogia de Projetos e Sócio-Interacionista

Estudo da lição 6: Pedagogia de Projetos

Na lição 6 – Aprendizagem baseada em Projetos - Moran (2003) desenvolve um modelo de projeto de aprendizagem colaborativa com 10 fases.
1º fase: Apresentação e discussão do projeto
2º fase: Problematização do tema: é a fase essencial do projeto de aprendizagem.
3º fase: Contextualização – a contextualização foca a visão holística do projeto.
4º fase: Aulas teóricas e exploratórias – momento em que o professor apresenta as temáticas e conhecimentos envolvidos.
5º fase: Pesquisa individual – contempla a ação efetiva do aluno.
6º fase: Produção individual – composição de texto do aluno.
7º fase: Discussão coletiva, crítica reflexiva – essa fase ocorre quando o professor devolve os textos produzidos individualmente.
8º: Produção coletiva – possibilidade de aprender a trabalhar as parcerias.
9º: Produção final (prática social) – fase a ser combinada desde o início do projeto.
10º: Avaliação coletiva do projeto – Momentos de reflexão sobre as participações dos alunos.

Nessas fases do modelo de Moran, percebe-se a delimitação da trajetória a ser seguida com início, meio e fim. Tudo interligado, conectado, a fim de produzir aprendizado. Neste estudo, é apresentado a ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Estudo da Lição 8 - Pedagogia Sócio-Interacionista

O Homem, produto do meio social.
É nas relações entre o indivíduo e sociedade que o homem se desenvolve. Dentre as teorias da aprendizagem, uma que hoje que pode interpretar esse modo diferente de entender a educação, principalmente aquela com base na Educação a Distância, é a concepção interacionista. Assim, encontraremos em Vygotsky (Lev Semyonovich Vygotsky 1896-1934) o primeiro autor a chamar atenção para a importância do envolvimento ambiental no desenvolvimento da criança e no processo de formação da mente, em seu livro A Formação Social da Mente.
A metodologia empregada por Vygotsky não abre mão da relação entre teoria e prática, elas estão em constante interação. Suas teses são importantes para a ciência cognitivista, porque vão além das simplificações behavioristas, cuja teoria central aponta para o processo de desenvolvimento humano caber exclusivamente ao ambiente e não ao indivíduo. Para Vygotsky, a participação da criança e do instrutor no processo de aprendizagem enfatiza a importância de inserção social do indivíduo, em diversas fases do crescimento, assim, a mente depende do contato estreito com uma comunidade para seu efetivo desenvolvimento.
É preciso admitir que a interação do indivíduo com o meio define a constituição humana. Nessa perspectiva, o homem se apropria das experiências históricas e culturais, é alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em sociedade, é por isso que o pensamento de Vygotsky costuma ser chamado de sócio-interacionista.
Partindo do pressuposto de fazer Educação – não ensino – a distância é que o papel da tutoria toma contornos importantes. Não há ainda um modelo como referencial de formação e de atuação nessa direção, o que temos, na prática, é uma tutoria alinhada com modelos de treinamento e instrução programada.
Diante disso, levantamos alguns elementos que poderão nortear um curso:
1.    Adotar mecanismos construcionistas, ou seja, ênfase na produção do aluno, no aproveitamento do seu conhecimento anterior, na troca de experiências como algo que dinamize a aprendizagem.
2.    Interação entre as pessoas no ambiente virtual, afastando a perspectiva meramente “instrucional”.
3.    Intercâmbio entre teoria e prática com aplicabilidade imediata dos conhecimentos adquiridos no curso.
4.    Troca de experiências entre colegas que vivenciam o mesmo tipo de dificuldade, em outros lugares trazendo aos alunos propostas produzidas por outros alunos.
5.    Dúvidas solucionadas nos fóruns, numa interação coletiva.
O professor-tutor deve ser capaz de desconstruir o paradigma tradicional de ensino para implantar o paradigma instaurando a figura de mediador que viabiliza a aprendizagem.
1.    Permitir que o aluno trilhe seu caminho de construção de conhecimento com segurança.
2.    Oferecer oportunidade para o desenvolvimento da autonomia do aluno, bem como para a construção coletiva do conhecimento.
3.    Ser sensível aos aspectos que o aluno apresente maior dificuldade, desenvolvendo e apresentando situações que possam transpor essas dificuldades.
A formação do professor tutor deve estar alicerçada em três bases:

- A base dos conteúdos que são referentes à formação teórica: o professor-tutor deve ter uma formação sólida dos conhecimentos para que possa mediar a aprendizagem do aluno.
- A base das ferramentas de interação: o professor deve ser capacitado para o uso dos sistemas da EaD com o uso específico delas: fórum, email, atividades etc.
- A base dos mecanismos de comunicabilidade: o professor deve desenvolver sua linguagem, agora digital, de forma a torná-la mais clara percebendo a melhor forma de comunicar-se com cada aluno.
Assim, são funções do professor tutor:
O novo papel do professor-tutor, que deve atuar como mediador, facilitador, incentivador e investigador do conhecimento já indica uma mudança nas concepções tradicionais do ensino presencial, portanto não há como reproduzir nos ambientes virtuais esse ensino tradicional baseado simplesmente na transmissão do conhecimento.
O papel antigo de transmissor do conhecimento deu espaço ao papel do agente ativo "organizador, dinamizador e orientador da construção do conhecimento do aluno e até da sua auto-aprendizagem". (MACHADO, 2004)
As funções do professor-tutor passam pelas funções pedagógicas, função gerencial, função técnica e função social, sendo todas essas funções importantes para o sucesso da aula em EaD.
Modernamente, temos visto a importância de desenvolver a habilidade de ser um gerenciador no ensino-aprendizagem e termos desenvolvido conhecimento para tanto. Dessa forma, o sistema no ensino em EaD reúne, segundo Machado (2004), uma função tríplice: orientação, docência e avaliação. Para tanto, como dissemos, o foco, no mecanismo de aulas, muda para o aluno.
Ref.: Lição 6 e 8 da Disciplina de Tecnologia Aplicada ao Ensino
Indicação de site
Assista a esse vídeo sobre como formatação de trabalho acadêmico com as normas da ABNT: http://www.youtube.com/watch?v=Zfrthk4aqOg
Para saber mais sobre Vygotsky acesse o Centro de Referência Educacional: <http://www.centrorefeducacional.com.br/vygotsky.html>. Acesso em: jun. 2009. 

Leia também: VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem; trad. M. Resende. Lisboa: Antídoto, 1979.
Sobre tutoria na EaD
SOUZA et al. Tutoria na Educação a Distância. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/088-TC-C2.htm> Acesso em: jun. 2009.

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