quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tecnologia Aplicada ao Ensino - Aula III


Conceituação de tecnologia educacional

O objetivo desta aula é iniciar discussão sobre o conceito de tecnologia educacional, a princípio, entender as diferenças entre educação e comunicação e tecnologia e educação, Na sequência, entender o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e identificar os requisitos básicos para ser um professor EaD e um aluno EaD.

Conceituação de tecnologia educacional

Conceituar a Tecnologia Educacional nos faz pensar que essas novas tecnologias educacionais nos levem a conceber:

- Novas formas de armazenar e distribuir informação.

- Novos saberes.

- Novos meios de comunicação.

- Novas formas de ensinar.

- Novas formas de aprender.

Cada geração vivenciou e discutiu a relação entre educação e tecnologia de um modo diferente. Imagine o todo da sociedade. Imagine agora que dentro dessa sociedade temos de um lado a Educação e do outro a Tecnologia como dois grandes círculos do conhecimento. Imagine agora que esses círculos se sobreponham, mas não totalmente, é na intersecção desses círculos, Educação e Tecnologia, que hoje ocorre o desenvolvimento social e humano. Assim, compreender de que forma as novas tecnologias de informação e comunicação contribuem para o processo e aperfeiçoamento do ensino-aprendizagem nos levará a compreendermos também o processo que o homem está inserido hoje em seu desenvolvimento humano com as tecnologias. 

Hoje, quando se fala sobre construção do conhecimento, estamos falando sobre integração de dois campos culturais: a educação e a comunicação. Cada um desses campos apresenta grupos de interesses com propósitos contraditórios, são eles: “a família, a escola e a Igreja, inúmeras empresas produtoras e distribuidoras de bens culturais: os sistemas de mídia.” (BELLONI, 1992 - 1994).

Educação e a comunicação são importantes no processo de construção do conhecimento e de transmissão da cultura, são agentes e instituições que se defrontam buscando apropriarem-se do capital simbólico e específico de cada um deles. 
   
No Brasil, a trajetória desses dois campos culturais é bem diferente. Na comunicação os envolvidos diretos estão nas instâncias privadas e as inovações tecnológicas são rapidamente absorvidas e incorporadas.

No setor público, os envolvidos são aqueles ligados ao Estado, que sofrem com investimentos insuficientes que resistem às mudanças e incorporação de novas tecnologias.
O paradoxo que vemos entre o privado e o público é gritante, pois enquanto no setor privado as mídias invadem o cotidiano da comunicação, no mundo dos negócios, “onde 30 segundos de publicidade podem valer o salário de dez mil professores” (BELLONI, 1994),  a escola vive uma crise até mesmo de auto-estima, pois se vê diante da complexidade de conhecer, e aplicar as novas tecnologias que o setor privado triunfante já incorpora, com facilidade, há tempos. A escola tem um público, as crianças, acostumadas às tecnologias, porém não consegue, ela própria, integrar-se a essa tecnologia de forma a colocá-las a serviço da educação de modo eficiente e crítico.

Tecnologia e comunicação

Esse campo é também cultural e cresce com o mercado globalizado. Sua característica é o uso crescente dos meios tecnológicos de transmissão de informação e preenchem diferentes funções: ideológicas, informativas, de entretenimento, cognitivas etc.

Quando as mídias cumprem com eficiência essas funções, penetram e interferem no comportamento das instituições: as telenovelas invadem a moral e os costumes das famílias provocando algumas mudanças de comportamento ou reflexões, assim como os desenhos animados. Nesse aspecto a escola não consegue lidar com as mensagens e as linguagens provenientes da mídia.

Tecnologia e educação

A criança está inserida num ambiente altamente técnico, com mídias que trabalham a mente e o imaginário. A educação tem um sério desafio, porque precisa constituir-se como intermediária entre educação e tecnologia, além disso, assegurar o acesso às novas tecnologias, preparar essas gerações para a mobilização desses recursos técnicos formando cidadãos livres, sujeitos do seu processo educativo, além da identificação do papel de pesquisadores que alunos e professores devem assumir.

Distância? Que distância?


Estudar via internet é alternativa para quem mora longe dos grandes centros ou não consegue seguir os horários tradicionais das universidades.

De acordo com o ABRAEAD 2008 (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância) “Depois da proliferação de MBAs (Master in Business Administration) pelas salas de aula em todo o Brasil, esses cursos começam agora a se multiplicar em outro ambiente: o virtual.” Em um ano a oferta dese tipo de pós-graduação a distância triplicou. Segundo o ABRAEAD 2008, os dados mais recentes mostram que, em 2006, 11 MBAs eram oferecidos pela internet; em 2007, 36. Nesse mesmo período, o número de cursos lato sensu passou de 246 para 404 – um aumento de 64%.

De acordo com a Abed (Associação brasileira de educação a distância), são mais de 889 cursos EaD credenciados, sem contar os livres, que não precisam de aval do Ministério da Educação (MEC) para funcionar. Só os lato sensu regulamentados somam 246. 

A Educação a Distância existe a cerca de dez anos. Nesse caso, os alunos participam e contribuem nos chats, fóruns e tiram dúvidas por e-mail. A interação com o professor pode se dar também por intermédio da webcam.
Ambiente virtual de aprendizagem (AVA).

Para a aprendizagem a distância, foram criados os Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que são tecnologias digitais, em que são disponibilizados recursos, que serão diferentes de acordo com cada ambiente, com o objetivo de fazer mediação e gerenciamento da EaD. Para Silva (2003, p.62), o AVA é a sala de aula no ciberespaço:

O ambiente virtual de aprendizagem é a sala de aula online. É composto de interfaces ou ferramentas decisivas para a construção da interatividade e da aprendizagem. Ele acomoda o web-roteiro com sua trama de conteúdos e atividades propostos pelo professor, bem como acolhe a atuação dos alunos e do professor, seja individualmente, seja colaborativamente.

Esses sistemas são mais um desmembramento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Os Ambientes Virtuais são disponibilizados por meio do acesso à Internet e em sua interface gráfica são oferecidas ferramentas de comunicações simultâneas e não-simultâneas. Principais vantagens de um curso em EaD: 

B• Estudar em universidades distantes de casa.

B• Planejar o próprio horário.

B• Interagir com o professor por meio de e-mail, programas de mensagens instantâneas (MSN), chats e fóruns.

Requisitos para ser um bom aluno EaD

B• Conhecer informática.

B• Ser disciplinado para estudar sozinho.

B• Planejar a rotina para participar das discussões com os demais alunos.

Requisitos para ser um bom professor EaD

O que diz a legislação?

Não é preciso dizer que para lecionar em EaD é essencial conhecer a tecnologia que será utilizada. Atualmente o Ministério da Educação (MEC) não dispõe de parâmetros oficiais para a formação de educadores a distância, porém, entende-se que as mesmas exigências feitas para quem leciona no ensino presencial valem para o EaD. Para atuar graduação é necessário ter mestrado na área, quem for assumir turma na pós-graduação, deverá ser mestre ou doutor.

Algumas características são bem-vindas para os educadores que pretendem entrar na “sala virtual”:

- Conhecer bem a tecnologia.

- Ter domínio de tecnologia específica para educação a distância.

- Facilidade de se comunicar com os alunos.

- Ser bom professor presencial resulta, muitas vezes, em ser bom professor a distância.

- Planejar bem as estratégias que utilizará para evitar evasão de alunos.

- Seria bom que todo educador em EaD passasse antes pela experiência de ser aluno em EaD.

- Entender as proximidades e distâncias que realmente importam em Educação a Distância, sobretudo as relações de comunicação e afetivas.

Indicação de sites
Links sobre Tecnologias Educacionais: http://www.ced.ufsc.br/links/tecedu.html

Você encontrará nessa página reunião de links com artigos, trabalhos, portais interessantes sobre Tecnologia Educacional do Centro de Ciências da Educação da UFSC.

Comunidade de Discussão: www.orkut.com/community.aspx?cmm=47403

Currículos on-line de pesquisadores de todas as áreas Plataforma Lattes: lattes.cnpq.br

Secretaria de Educação a Distância do MEC: portal.mec.gov.br/seed



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