Palavra
de ordem: desenvolver cultura virtual
O objetivo da primeira aula foi
focar no seu desempenho pessoal com relação à sua formação voltada às
tecnologias, agora, o objetivo dessa segunda aula é olhar para o coletivo.
Falaremos sobre o aprendizado com interferência dos multimeios: como iniciar e
desenvolver a cultura digital na escola?
A pergunta agora é: como desenvolver uma cultura virtual na
escola? Primeiramente, Educação a Distância é sinônimo de aprendizagem. Não se
aprende sozinho, então entenda os sinônimos de APRENDER e ENSINAR.
APRENDER não é sinônimo de solidão. É sinônimo de colaboração,
descoberta, partilha, comunicação franca, construção, evolução. Todos querem
aprender.
ENSINAR não é sinônimo de ditadura. É sinônimo de colaboração,
descoberta, partilha, comunicação franca, construção, evolução.
Aprender e Ensinar provocam as
mesmas atitudes, tanto para aquele que aprende como para aquele que ensina.
Isso ocorre, acreditem, tanto em aula presencial como em aula a distância
(EaD). Como fazer então para que possamos criar uma cultura virtual em que
professores venham a se apropriar do computador como instrumento de trabalho
pedagógico?
Começar pelo professor. Incentivá-lo a trocar a caneta pelo
teclado. Um bom momento poderia ser em reunião de planejamento, assim:
- Organizar um espaço físico tecnológico, dentro do horário
coletivo de trabalho.
- Elaboração de um plano global de atividades a serem
desenvolvidas em curto prazo com a utilização da informática, objetivando os
diferentes estágios dos alunos.
- Construção de planilhas de acompanhamento do aprendizado dos
alunos.
- Incentivar os professores a criarem pastas que possam
armazenar suas listagens de avaliação (se o espaço é somente utilizado por
professores).
- Pesquisa de mídias que possam ilustrar as aulas e elaboração
de um catálogo desses endereços eletrônicos por disciplina.
São ações que podem
quebrar a resistência da equipe de professores e desenvolver a interação com os
meios tecnológicos cultivando a cultura virtual. Essas ações devem ser
promovidas pelos gestores com objetivo de criar a cultura da pesquisa, da
ampliação dos conhecimentos por intermédio das tecnologias. De nada adianta
criar estratégias de uso do laboratório de informática se ainda temos gestores
que impedem a utilização pelos alunos e professores. Vemos hoje se repetir a
mesma cena quando as bibliotecas vivem fechadas por medo de os alunos
danifiquem os livros, com o laboratório de informática, a história se
repete. Facilitar o acesso às bibliotecas e laboratórios de informática é
dever dos gestores. Escola cuja tecnologia já faz parte do cotidiano estudantil
é escola que tem gestores antenados no futuro.
A gestão no rumo certo
Na primeira aula
vimos ações para o seu desenvolvimento pessoal. Podemos dizer que estudar as
TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO levarão você a uma mudança de foco no
ensino-aprendizagem. Nossa proposta agora está em relação ao foco no coletivo
educacional.
Novo rumo em 5 passos
B1-
Coloque as máquinas em uso. Máquinas sem uso ficam para trás logo.
Relacione os recursos que a escola dispõe: computadores, televisores, aparelhos de DVD, máquinas fotográficas, gravadores de voz, microfones, data show, mesa de som, caixas de som. Esses recursos são ferramentas de ensino, não se pode tê-los em armários trancados à chave. Utilizar mídia numa aula significa dizer que, para produzi-la, deve-se passa por um processo de criação do professor, assim ter liberdade de acesso é o ponto de partida para que as aulas sejam criativas.
B2-
Projeto pedagógico claro, com objetivos bem formulados inserindo os multimeios.
Trabalhar com projetos bem definidos e interdisciplinares parte
de questões cruciais:
• o que fazer?
• que linguagens serão utilizadas nos
projetos (juntando os recursos tecnológicos)?
• Quais as disciplinas envolvidas?
Conhecer um projeto que tenha dado certo, entender seu
mecanismo, modificá-lo, adaptá-lo e desenvolvê-lo é o primeiro passo. O fato de
projetos muitas vezes não darem certo ocorre porque os participantes, na sua
elaboração, não têm representações do que seja um bom projeto, principalmente
usando os multimeios. Elaborar projeto não é brincadeira!
Agregar os conteúdos disciplinares à tecnologia significa dizer
que se conheça essa tecnologia, os recursos, não somente eleger um tema e todas
as disciplinas falarem sobre o mesmo assunto, dando o mesmo enfoque, isso é
péssimo!
B3- Não é
vergonha dizer que não sabe.
Para muitos professores o computador é uma ferramenta
desconhecida. Assim, contar com a colaboração de professores que dominam um
pouco mais a máquina é uma atitude sempre bem-vinda. Criar espaço para formação
dentro do horário coletivo de trabalho, discutir e compartilhar conhecimentos
sobre as mídias, desenvolver a montagem do projeto pedagógico é importante.
Sempre há um multiplicador dos conhecimentos tecnológicos na escola, priorize-o
e prestigie o conhecimento dele.
4- E
quando o problema for a falta do pessoal de apoio?
A falta de
pessoas ligadas à administração escolar é crônica em determinadas escolas, sobretudo
no laboratório de informática, assim fazer um projeto com alunos monitores pode
ser uma boa saída. Dar condições a esse aluno para que possa trabalhar no
laboratório de informática no apoio aos professores no desenvolvimento do
projeto pedagógico já planejado é fundamental, além de definições claras de
regras para utilização do espaço. Entendemos que todas as ações devem estar
interligadas e precisam ser monitoradas para que o projeto, no seu
desenvolvimento, não se perca. Todos são importantes para que o resultado seja
um sucesso.
B 5- Tecnologia já!
B 5- Tecnologia já!
Parece-nos que
muitas escolas estão paradas no tempo. Para comunicação com os pais, encaminham
informativos por meio de comunicado escrito no caderno do aluno ou impressão em
papel. Muitos lares já têm computador. Muitos alunos apresentam excelente
desenvoltura com a máquina. Por que não utilizar isso? Substituir a
correspondência impressa pela digital, ata de reuniões, boletim e entrega de
notas, acompanhamento da aprendizagem dos alunos, registros de ocorrências
podem estar presentes na gestão escolar. Até mesmo conteúdo das aulas
disponibilizadas pelos professores, ainda que fosse simplesmente assistir a um
vídeo para discussão em sala de aula.
Muitos
professores diriam: “e aqueles que não têm acesso à internet, à máquina?”
Muitos de nós ficaríamos espantados em saber que muitos alunos que não têm
computador em casa, mas frequentam lan
houses, têm email, Orkut. É também para esse aluno que os
laboratórios das escolas estariam disponibilizados, nesse caso para estudo. O
fato de não ter computador em casa não faz com que muitos alunos não o procurem
por outras formas. Por outro lado, criar relacionamentos colaborativos é
crucial para que mais alunos tenham acesso à tecnologia. A escola, muitas vezes
é o único lugar onde o aluno tem contato com o meio digital, por isso
instrumentalizá-lo com as novas tecnologias é dar oportunidade a ele de
inserção no mercado de trabalho. Não se pode fazer ao contrário, o computador
de que o aluno precisa está na escola!
Quem
poderá nos ajudar?
Para a criação de qualquer projeto com auxílio
do mundo digital, é importante que se conheça o que se faz no campo
educacional, assim confira algumas páginas na rede que podem dar uma força na
hora de utilizar as tecnologias no ensino.
MIT – Massachussets Intitute of Technology desenvolveu o MIT OPEN COURSE WARE, está
disponível gratuitamente e não requer nenhum cadastro. O MIT OpenCourseWare publica
materiais que apóiam as interações dinâmicas da sala de aula. É um portal também
em português.
Portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Foi criado pelo Ministério da Educação.
Encontraremos lá áudios, vídeos, mapas, animações, experimentos, cursos de
formação, comunidades virtuais, blogs, chats, fóruns e outros recursos para
professores.
Escola do Futuro: http://www.futuro.usp.br/
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
é um laboratório interdisciplinar que investiga como as novas tecnologias de
comunicação podem melhorar o aprendizado em todos os seus níveis. Disponibiliza
artigos, teses e projetos de aplicação da tecnologia nas escolas.
Proinfo:http://proinfo.mec.gov.br/
Programa do Ministério da Educação criado para
dar suporte pedagógico e de infraestrutura para uso das tecnologias nas escolas
de ensino fundamental e médio.
Blog Professor Digital: http://professordigital.wordpress.com/2008/06/30/quebrandocomputadores/
Um bom exemplo de diário virtual com orientações
e reflexões sobre o uso da tecnologia mantido por professor de uma escola
estadual em São Paulo. Confira o texto “Quebrando computadores” no qual o
professor fala sobre os laboratórios de Informática fechados.
Portal Educarede: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm
Mantido pela Fundação Telefônica, traz artigos,
planos de aula, vídeos, podcasts e animações sobre o uso da tecnologia na
escola, além de oferecer ferramentas de batepapo e criação de comunidades
virtuais.
Banco Internacional de Objetos Educacionais: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/
Página colaborativa mantida pelo Ministério da
Educação que disponibiliza conteúdos digitais em áudio, vídeo, texto, além de
imagens, animações e softwares de acesso livre para uso nas escolas.
Ponto de Encontro: http://revistaescola.abril.com.br/fvc/
Parceria da Microsoft e da Fundação Victor
Civita, conta com cerca de 400 comunidades virtuais sobre diversos temas de
Educação, produz publicações, sites, material pedagógico, pesquisas e projetos que
auxiliem na capacitação dos professores, gestores e demais responsáveis pelo
processo educacional.
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