quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Avaliação Educacional – Fórum III


Qual a diferença entre avaliação formal e informal? Quais suas principais características? Explique detalhadamente e procure exemplificar cada uma. OBSERVAÇÃO: SEMPRE CITE AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE ONDE VOCÊ BASEOU SUA RESPOSTA NOS MOLDES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). FAÇA SEMPRE A CORREÇÃO DOS SEUS TEXTOS QUANDO ENVIAREM PARA O PROFESSOR. FIQUE ATENTO AO PRAZO DE ENTREGA DA ATIVIDADE.

Qual a diferença entre avaliação formal e informal?

No plano formal estão as técnicas e procedimentos visíveis de avaliação em provas e trabalhos (dimensão objetiva). No plano informal estão os juízos de valor que informam os resultados das avaliações (dimensão subjetiva).

Quais suas principais características?

Avaliação Formal: Provas escritas; Provas orais; Tarefas de casa; Trabalhos de pesquisas; Avaliações previstas pela escola e pelo planejamento escolar; O aluno sabe que está sendo avaliado; tem, ou deveria ter, ciência das regras, do conteúdo avaliado, dos objetivos da avaliação; “Os resultados podem ser examinados objetivamente pelo aluno, à luz de um procedimento claro” (FREITAS, 2003, p. 145).

Avaliação Informal: Avaliações que o professor faz continuamente, no cotidiano da sala de aula; Avaliações que o professor faz no transcorrer da aula; Quando um aluno apresenta um comportamento que foge às “regras”, às normas disciplinares exigidas pelo professor; “Observações feitas pelo professor das atividades, do comportamento dos alunos durante a aula, do cumprimento ou não da disciplina exigida por ele” (PINTO, 1994, p. 23); O aluno não tem conhecimento, ou não conhece totalmente o processo; “O processo de constituição está encoberto e é aparentemente assistemático” (FREITAS, 2003, p. 145).
                                                          
Ref.:

LAURI, Prfº Thiago - Aula IX de Avaliação Educacional, do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), UNINOVE 2011.

Avaliação Educacional – Aula IX


Avaliação: o formal e o informal

Compreender a distinção entre avaliação formal e avaliação informal.

FREITAS (1995); FREITAS (2001); FREITAS (2003) sugere que “o fenômeno da avaliação em sala de aula tem pelo menos três componentes”:
  • O aspecto “instrucional”: pelo qual se avalia o domínio de habilidades e conteúdos em provas, trabalhos, etc.
  • A avaliação do “comportamento” do aluno em sala: considerado “um poderoso instrumento de controle em ambiente escolar, já que permite ao professor exigir do aluno obediência às regras” (FREITAS, 2003, p. 41).
  • A avaliação de “valores e atitudes”, que ocorre cotidianamente em sala de aula e que “consiste em expor o aluno a reprimendas verbais e físicas, comentários críticos e até humilhações perante a classe”.
Ainda segundo Freitas:

Este fenômeno descrito, entretanto ainda não está completo. É preciso considerar que ele ocorre em dois planos: um formal e outro informal. No plano formal estão as técnicas e procedimentos visíveis de avaliação em provas e trabalhos. No plano informal estão os juízos de valor que informam os resultados das avaliações.” (FREITAS, 1995, p. 145).

Visando ao melhor entendimento acerca dos conceitos acima contemplados, será apresentado um quadro comparativo, sobre os conceitos de avaliação formal e informal, considerando para isso, a definição elaborada por Pinto (1994, p. 23):

Veja o comparativo sobre os conceitos de avaliação formal e informal, baseado na definição elaborada por Pinto (1994, p. 23)

Avaliação Formal: Provas escritas; Provas orais; Tarefas de casa; Trabalhos de pesquisas; Avaliações previstas pela escola e pelo planejamento escolar;  O aluno sabe que está sendo avaliado; tem, ou deveria ter, ciência das regras, do conteúdo avaliado, dos objetivos da avaliação; “Os resultados podem ser examinados objetivamente pelo aluno, à luz de um procedimento claro” (FREITAS, 2003, p. 145).

Avaliação Informal: Avaliações que o professor faz continuamente, no cotidiano da sala de aula; Avaliações que o professor faz no transcorrer da aula; Quando um aluno apresenta um comportamento que foge às “regras”, às normas disciplinares exigidas pelo professor; “Observações feitas pelo professor das atividades, do comportamento dos alunos durante a aula, do cumprimento ou não da disciplina exigida por ele” (PINTO, 1994, p. 23); O aluno não tem conhecimento, ou não conhece totalmente o processo; “O processo de constituição está encoberto e é aparentemente assistemático” (FREITAS, 2003, p. 145).


Considerações / questionamentos

Se no sistema seriado, a exclusão se dava de forma objetiva, clara, de maneira aberta, ou seja, - notas baixas, reprovação – no sistema da progressão continuada, com a não reprovação, a exclusão acontece de forma implícita, subjetiva, visto que a reprovação não mais acontece na escola, e sim na vida. Ao se retirar a reprovação, passa-se a impressão da eliminação da avaliação – campo formal.

O aluno deixa de investir na sua aprendizagem, considerando que a aprovação acontecerá de qualquer modo e como consequência temos o barateamento do ensino, o aligeiramento da aprendizagem. Por outro lado, a avaliação no campo informal permanece, fazendo com que a escola cumpra o papel que lhe é posto socialmente, a submissão, a resignação, a passividade.

O que pensam acerca disso?


Encaminhamentos

Creio ser importante a discussão acerca da função excludente e seletiva da escola. Não podemos culpar os professores pelos fracassos e erros dos alunos, mas sim entendermos que algumas práticas autoritárias, voltadas para a submissão e passividade dos alunos, são, provavelmente, fruto de concepções de educação, de avaliação e compreensões de mundo.
A questão que se coloca é:

Por que é tão difícil mudar uma cultura escolar? Com relação a avaliação da aprendizagem no contexto da progressão continuada, o pretendido é a mudança da função social da escola – que a escola deixe de selecionar “doutores” e passe a formar cidadãos. Que permita que todos tenham a garantia de acesso à escola, permanência e garantia também de uma educação de qualidade. Para isso faz-se necessário a mudança de uma cultura escolar excludente e seletiva para uma cultura da inclusão, da aprendizagem, do sucesso escolar. O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas principalmente com a aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados para que todos os alunos aprendam.

Nesse contexto, é imprescindível uma avaliação includente, processual, diagnóstica, voltada não para separar, classificar os alunos em aprovados ou reprovados, mas sim, para diagnosticar as falhas, as dificuldades.

Corrigir os erros dos alunos exige do professor, independente de sua área de atuação, área de conhecimento, competência para selecionar conteúdos relevantes e mais, ser capaz de diagnosticar o que o aluno ainda não sabe.

Caso contrário, a ação do professor se encerrará na constatação dos erros, sem reflexões acerca das possíveis causas dos erros dos alunos.


Referência

FREITAS, Luiz Carlos de. A internalização da exclusão. Educação e Sociedade, v. 23, nº 80, set. 2002.
_____________________. (org.) Questões de avaliação educacional. Campinas, SP: Komedi: 2003.
______________________. Crítica da organização e trabalho pedagógico e da didática. Campinas, SP: Papirus, 1995. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
______________________. Ciclos, seriação e avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção Cotidiano Escolar).
PINTO, A. L. G. A avaliação da aprendizagem: o formal e o informal. Campinas, SP. 1994. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas.
SÃO PAULO (Estado). Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº. 9, de 30 de julho de 1997. Institui, no Sistema de Ensino de São Paulo, o Regime de Progressão Continuada no Ensino Fundamental. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, SP, 5 de ago. 1997. Seção 1, p. 12-13.
SÃO PAULO (Estado). Educação Paulista: Corrigindo rumos. O que já mudou na escola pública paulista? São Paulo, Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 1997.
SÃO PAULO (Estado). Conselho Estadual de Educação. Indicação nº 22, de 17 de dezembro de 1997. Dispõe sobre Avaliação e Progressão Continuada. Diário Oficial do Estado, São Paulo, 20 de Dezembro de 1997 Seção I, p. 18.
SÃO PAULO. (Estado) Resolução SE – nº 67 de 17 de janeiro de 1998, Seção I, p. 6.

Avaliação Educacional – Aula VIII


Avaliação e a lei nº 9394/96

Conhecer o conceito de avaliação do rendimento escolar contemplado no artigo 24, inciso V da Lei n. 9394/96. Contrastar aspectos qualitativos e aspectos quantitativos no processo avaliativo.

Para melhor entendimento, transcrevo a seguir o artigo da LDB n. 9.394/96 ao qual estarei me referindo:

“Art. 24 - inciso V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”

Os “aspectos qualitativos” a que se refere a Lei são os referentes à “aprendizagem”, tais como: desenvolvimento do raciocínio, autonomia, criticidade, percepção dos problemas sociais, capacidade de estabelecer relações entre os conteúdos apresentados, dentre outros.

A ênfase à sua prevalência quer significar, segundo a LDB, que mais importam para o desenvolvimento integral do educando esses aspectos do que a “quantidade” de informações memorizadas e reproduzidas durante as avaliações realizadas.

Significa dizer não só avaliar o que o aluno sabe, o que foi decorado, memorizado, o acúmulo de conhecimentos, mas avaliar o que ele é capaz de fazer a partir da informação, a partir do conhecimento adquirido.

Avaliação qualitativa diz respeito a “habilidades”, embora não desconsiderando o fato de que estas não se desenvolvem no vazio, o conhecimento é o substrato, é a matéria-prima das “habilidades”.

Considerações

  • Os resultados da avaliação não devem ser meios de aterrorizar e sim, desenvolver o espírito de autocrítica e motivação da superação das dificuldades.
  • O professor deve:
- Selecionar e/ou construir instrumentos de avaliação compatíveis com os objetivos a serem alcançados.
- No processo avaliativo, privilegiar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
- Avaliar respeitando as características cognitivas dos alunos.
- Respeitar os diferentes tempos e jeitos de aprender.
  • A avaliação só existe em uma perspectiva de mudança e isso está relacionado com o que se espera alcançar com os objetivos propostos.
Pense nisso:

Tomemos como exemplo um estudante de pilotagem de avião comercial. Simplificando, poderíamos dizer que um piloto deveria, pelo menos, saber muito bem praticar três grandes atos (que incluem muitos saberes específicos): decolar, fazer o vôo de cruzeiro e aterrissar a aeronave no seu destino. Vamos supor que o aluno obteve nota 10 na primeira unidade (decolagem); 6 na segunda (vôo de cruzeiro); e 2 na terceira (aterrissagem). Fazendo a média (10+6+2=18; 18÷3=6), podemos dizer que este estudante está aprovado, pois ele possui uma média de nota (seis) que pode aprová-lo. No entanto, ele não possui nenhuma condição de pilotar um avião comercial, pois decola, viaja mal e cai de bico. Porém, pela média de notas,ele estaria aprovado, sem possuir o mínimo de conhecimento necessário.” (LUCKESI, 1995, p. 79)


Referência

BRASIL, Leis etc. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/1996. Rio de Janeiro: Esplanada, 1998.
FREITAS, Luiz Carlos de (org.).  Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular, 2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
PATTON, Michael Quinn. Utilization-Focused Evaluation. Thousand Oaks, CA : Sage, 1997.

Avaliação Educacional – Aula VII


Instrumentos de avaliação: Sua importância no processo avaliativo

Identificar os instrumentos de avaliação como uma das etapas do processo avaliativo e compreender as etapas da avaliação.

Texto:

Professor: Júlio, responda: por que os judeus foram expulsos da Espanha?

Júlio: Porque não se deixaram fotografar pelos espanhóis.

Professor: Como? De onde você tirou uma coisa dessas?

Júlio: Está escrito no livro.

Professor: No livro? De Jeito nenhum...

Júlio: Está sim professor, tenho certeza.

Professor: Então, pegue o livro para me mostrar.

Júlio: (com o livro aberto). Aqui está: ‘Os judeus foram expulsos da Espanha porque não se retrataram perante os espanhóis...’

Podemos observar, a partir do exposto acima, que apesar dos critérios avaliativos serem claros, bem definidos, os alunos avaliados apresentam paradigmas diferentes, nuances diferentes, realidades diferentes. Cada aluno tem o seu referencial, sua visão de mundo. A questão posta é: como avaliar a todos a partir de um único critério, de um único instrumento de avaliação?

É importante e esclarecedor, antes de prosseguirmos com o estudo dos instrumentos de avaliação, compreendermos as etapas da avaliação que têm a definição dos instrumentos avaliativos como parte integrante.

Etapas da avaliação: contextualização

A avaliação envolve fases ou etapas contínuas, desde a definição dos objetivos até a análise dos resultados obtidos, visando a tomar decisões voltadas para o desenvolvimento do educando e melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

Temos de estar atentos para as dimensões da avaliação. Ela não tem apenas um caráter técnico, de verificar, mensurar, ou classificar os resultados. É impossível falar em um processo de avaliação, em etapas da avaliação, sem considerarmos a sua perspectiva ética, sem percebermos as determinações a que está submetida, os valores que a fundamentam, o projeto pedagógico em que a avaliação se insere.

Avaliar pressupõe definir objetivos, princípios e implica compromisso e competência dos professores na definição e alcance deles.

A avaliação deve desenvolver-se de forma contínua, deve ser observado o seu caráter processual, que significa acompanhar o processo de construção do conhecimento e de formação integral do educando, não pode ser utilizada estanque do processo de ensino e aprendizagem. Faz parte de uma dinâmica mais ampla, a da prática educativa, tendo como finalidade o crescimento de todos os envolvidos no processo educativo, é intervir pedagogicamente para promover a aprendizagem de todos, é ajudar o aluno a se constituir como sujeito.

Nesse contexto, não cabem comparações, mas avaliar o aluno considerando o seu próprio processo de desenvolvimento, considerando que a escola não existe para decretar fracassos, mas para promover aprendizagens, que a avaliação não se destina à classificação, mas ao diagnóstico, ao despertar no aluno o prazer de aprender, que segundo Luckesi:

O prazer de aprender desaparece quando a aprendizagem é reduzida a provas e notas; os alunos passam a estudar “para se dar bem na prova” e para isso têm de memorizar as respostas consideradas certas pelo professor. Desaparecem o debate, a polêmica, as diferentes leituras do mesmo texto, o exercício da dúvida e do pensamento divergente, a pluralidade. A sala de aula se torna um pobre espaço de repetição, sem possibilidade de criação e circulação de novas idéias.” (LUCKESI, 1995, p. 41).

No contexto do que foi apresentado acima, serão apresentadas, a seguir, as etapas da avaliação:
  • Definição dos objetivos – supõe a determinação dos resultados que pretendemos alcançar com o processo de ensino. Para melhor entendimento será apresentado um texto ilustrativo.
No princípio Deus criou os céus e a terra e, ao observar o que havia feito, disse”: - Vejam só como é bom o que fiz! E esta foi a manhã e a noite do sexto dia. No sétimo dia Deus descansou. Foi então que o seu anjo arcanjo veio e lhe perguntou: - Senhor, como sabe se o que criou é bom? Quais são os seus critérios? Em que dados baseia o seu juízo? Que resultados, mais precisamente, o Senhor estava esperando? O senhor por acaso não está envolvido demais em sua criação para fazer uma avaliação desinteressada? Deus passou o dia pensando sobre estas perguntas e à noite teve um sono bastante agitado. E assim nasceu, iluminada de glória, a avaliação.” (FREITAS, apud PATTON, 2002 p. 120)

Perguntas vexatórias, mas indispensáveis para quem pretende avaliar:
- Como é que o Senhor sabe se o que produziu é bom? Quais são os seus critérios?
Pressuposto básico da avaliação: definição dos objetivos. É preciso que os critérios sejam explicitados, claros. Caso contrário, faltarão parâmetros para a análise dos dados coletados, para o diagnóstico da realidade. Os objetivos não podem ser arbitrariamente definidos, mas sim, devem ser relevantes, essenciais para o desenvolvimento do educando, imprescindíveis para as aprendizagens futuras dele.
  • Seleção de procedimentos de avaliação – diante da grande variedade de instrumentos disponíveis para avaliar, há de selecionar os mais adequados, considerando para isso, os objetivos que se pretende avaliar:
O que avaliar?
- a apropriação de conteúdos relevantes:
São adequados?
São pertinentes, tendo em vista a missão institucional?

  • Diagnóstico – consiste na apreciação quanto à desejabilidade do resultado obtido:
- Comprovar se os resultados desejados foram alcançados.
- Verificar até que ponto as metas previstas foram atingidas.
- Identificar as dificuldades de aprendizagem, tentando compreender suas possíveis causas.

  • Tomada de decisão – a partir das análises dos resultados, visando a aperfeiçoar o processo ensino e aprendizagem:
- Função de realimentação do processo de ensino.
- Replanejamento do trabalho do professor, visando a corrigir eventuais falhas.
- Perguntas que o professor poderá fazer a si mesmo:
    1. Como poderá motivar mais seus alunos?
    2. Sua linguagem está clara, adequada aos alunos?
    3. Suas explicações estão sendo compreendidas?
    4. Os instrumentos de avaliação utilizados exigem informações memorizadas ou avalia o que o aluno é capaz de fazer com o conhecimento, com os conceitos, com as informações adquiridas?

Referência
BRASIL, Leis etc. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/1996. Rio de Janeiro: Esplanada, 1998.
FREITAS, Luiz Carlos de (org.).  Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular, 2002. 2006.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
PATTON, Michael Quinn. Utilization-Focused Evaluation. Thousand Oaks, CA : Sage, 1997.

Avaliação Educacional – Fórum II


Qual o significado do "erro" na prática escolar? O erro pode ser construtivo? Como? Explique. OBSERVAÇÃO: SEMPRE CITE AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE ONDE VOCÊ BASEOU SUA RESPOSTA NOS MOLDES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). FAÇA SEMPRE A CORREÇÃO DOS SEUS TEXTOS QUANDO ENVIAREM PARA O PROFESSOR. FIQUE ATENTO AO PRAZO DE ENTREGA DA ATIVIDADE.

A visão culposa do erro, na prática escolar, tem conduzido ao uso permanente do castigo como forma de correção e de direção da aprendizagem, tomando a avaliação como suporte da decisão. Todavia, uma visão sadia do erro possibilita sua utilização de forma construtiva.

O Castigo Escolar a Partir do Erro

As condutas dos alunos consideradas como erros têm dado margem, na prática escolar, tanto no passado como no presente, às mais variadas formas de castigo por parte do professor, indo desde as mais visíveis até as mais sutis. À medida que se avançou no tempo, os castigos escolares foram perdendo o seu caráter de agressão física, tornando-se mais tênues, mas não desprovidos de violência.

No passado, em nossa prática escolar, castigava-se fisicamente. No Sul do País, era comum um professor utilizar-se da régua escolar para bater num aluno que não respondesse com adequação às suas perguntas sobre uma lição qualquer. No Nordeste brasileiro, esta mesma prática era efetivada por meio da palmatória, instrumento de castigo com o qual o professor batia na palma da mão dos alunos. A quantidade de "palmadas" dependia do juízo deste professor sobre a possível "gravidade" do erro. O castigo físico, noutras vezes, dava-se pela prática de colocar o aluno "de joelhos" sobre grãos de milho ou de feijão, ou ainda de mandá-lo para a frente da classe, voltado para a parede e com os braços abertos. Pequenos martírios!

Uma forma intermediária de castigo, entre o físico e o moral, era deixar o aluno "em pé", durante a aula, enquanto os colegas permaneciam sentados. Neste caso, era castigado fisicamente, pela posição, e moralmente, pelo fato de tornar-se visível a todos os colegas a sua fragilidade. Era a exposição pública do erro.

Estas formas de castigar hoje são raras; porém, o castigo não desapareceu da escola. Ele se manifesta de outras formas, que não atingem imediatamente o corpo físico do aluno mas sua personalidade, sendo, no sentido que BOURDIEU fala, em seu livro A reprodução, uma "violência simbólica".

Uma forma de castigar um pouco mais sutil que as anteriores, que existiu no passado e ainda existe, é a prática pela qual o professor cria um clima de medo, tensão e ansiedade entre os alunos: faz uma pergunta a um deles, passando-a para o segundo, o terceiro, o quarto, e assim por diante, gerando tensão no aluno que pode vir a ser o subseqüente na chamada. Deste modo, a classe toda fica tensa, já que cada um espera ser o próximo.

Esta forma de conduzir a docência manifesta-se com um viés mais grave ainda, porque o professor normalmente não está interessado em descobrir quem sabe o que foi ensinado, mas sim quem não aprendeu, para poder expor publicamente aos colegas a sua fragilidade. O professor, usualmente, prossegue a chamada até encontrar o fraco, aquele que não sabe. Este, coitado!, treme de medo e de vergonha. O "forte" na lição é elogiado e o "fraco", ridicularizado.

No caso, a vergonha e o medo de não saber, segundo o senso comum do magistério, devem servir, de um lado, de lição para o aluno que não aprendeu e, de outro, de exemplo para os colegas, na medida em que ficam sabendo o que lhes pode acontecer no caso de não saberem a lição quando forem chamados. O vitupério do professor e dos colegas é uma forma de castigar e deixar o aluno tenso, bem como publicamente desvalorizado.

Existiam e existem, também, castigos como: ficar retido na sala de aula durante o recreio ou intervalo entre uma aula e outra; suspender o lanche; realizar tarefas extras em sala de aula ou em casa.

Uma modalidade diversa de castigo é a ameaça do castigo. O aluno sofre por antecipação, pois fica na expectativa do castigo que poderá vir e numa permanente atitude de defesa.

São as ameaças de futuras repressões, caso os alunos não caminhem bem nas condutas que devem ser aprendidas, sejam elas cognitivas ou não. Eram e são freqüentes expressões como:

- Vocês vão ver o que é que vou fazer com vocês no dia da prova . . .

- Se forem bem neste trabalho, acrescento um ponto na nota para todos os alunos; se forem mal...

- Se continuarem fracos como estão, terei que levar isso ao conhecimento da direção da escola...

- Vou me comunicar com os pais de vocês, pois que não estão aprendendo nada.. .

Sabemos que outras formas mais sutis de castigar têm sido utilizadas ainda hoje, tais como: a gozação com um aluno que não foi bem; a ridicularização de um erro; a ameaça de reprovação; o teste "relâmpago", como tem sido denominado o que é realizado para "pegar os alunos de surpresa". Um teste relâmpago, como bem diz o nome, deve ser algo que assusta e, se possível, mata.

O castigo que emerge do erro - verdadeiro ou suposto - marca o aluno tanto pelo seu conteúdo quanto pela sua forma.

As atitudes ameaçadoras empregadas repetidas vezes garantem o medo, a ansiedade, a vergonha de modo intermitente. A postura corporal de defesa, que o aluno adquire, manifestada pela dificuldade de respirar enquanto fica na expectativa de ser o próximo da chamada, é uma expressão clara dessa tensão. A respiração presa parece um antídoto possível contra a catástrofe que está para desabar sobre ele. Pela forma mantêm-se permanentemente o medo, a tensão e a atenção. Atenção limitada, mas atenção. E a que preço!

A partir do erro na prática escolar, desenvolve-se e reforça-se no educando uma compreensão culposa da vida, pois, além de heterocastigado, muitas vezes ele sofre ainda a autopunição. Ao ser reiteradamente lembrado da culpa, o educando não apenas sofre os castigos impostos de fora, mas também aprende mecanismos de autopunição, por supostos erros que atribui a si mesmo. Nem sempre a escola é a responsável por todo o processo culposo que cada um de nós carrega, mas ela reforça (e muito) esse processo.

Quando um jovem não vai bem numa aprendizagem e diz: "Poxa, isso só acontece comigo!", que é que está expressando senão um juízo culposo e autopunitivo?

Haverá muito trabalho psicológico futuro para que as crianças e os jovens de hoje se libertem de suas fobias e ansiedades, que se foram transformando em hábitos biopsicológicos inconscientes. Hábitos criados pelo medo que, com certeza, não serve para nada mais do que garantir uma submissão internalizada. O medo tolhe a vida e a liberdade, criando a dependência e a incapacidade para ir sempre em frente.

O clima de culpa, castigo e medo, que tem sido um dos elementos da configuração da prática docente, é um dos fatores que impedem a escola e a sala de aula de serem um ambiente de alegria, satisfação e vida feliz. Assim, as crianças e os jovens rapidamente se enfastiam de tudo o que lá acontece e, mais que isso, temem o que acontece no âmbito da sala de aula.

As Razões do Uso do Castigo

A razão imediata e aparente do castigo decorre do fato de o aluno manifestar não ter apreendido um conjunto determinado de conhecimentos, uma seqüência metodológica ou coisa assemelhada. Porém, a questão do castigo é mais profunda.

A idéia e a prática do castigo decorrem da concepção de que as condutas de um sujeito - aqui, no caso, o aluno -, que não correspondem a um determinado padrão preestabelecido, merecem ser castigadas, a fim de que ele "pague" o seu erro e "aprenda" a assumir a conduta que seria correta.

Isso conduz à percepção de que o entendimento e a prática do castigo decorrem de uma visão culposa dos atos humanos. Ou seja, a culpa está na raiz do castigo. No caso da escola, este senso caminha pela seguinte seqüência: um aluno manifesta uma conduta não-aprendida e, por isso, segundo o senso comum, é culpado; como tal deve ser castigado de alguma forma, a fim de que adquira e direcione seus atos na perspectiva da conduta considerada adequada.

Nesta perspectiva, o erro é sempre fonte de condenação e castigo, porque decorre de uma culpa e esta, segundo os padrões correntes de entendimento, deve ser reparada. Esta é uma compreensão e uma forma de agir que configuram nosso modo cotidiano de ser.

A idéia de culpa está articulada, dentre outras coisas, com a concepção filosófico-religiosa de que nascemos no pecado. Essa idéia nos acompanha desde o nascimento, em função de nossa cultura -"ocidental-cristã" - ser marcada pela perspectiva da queda. O texto bíblico do Gênesis diz que Adão e Eva pecaram ao comer o fruto proibido e, por isso, foram castigados com a expulsão do Paraíso. Daí em diante, todos os seres humanos - homens e mulheres -que viessem a nascer teriam essa marca originária do pecado e, conseqüentemente, da culpa.

Essa concepção atravessou épocas, sendo mantida e difundida pelo judaísmo e exacerbada pelas Igrejas cristãs, especialmente a católica, de tal forma que todos carregamos fortemente um sentimento de culpa que nos limita, e que, também, nos conduz à projeção e prática de atos que limitam os outros. Tanto nos limitamos com nosso sentimento de culpa, castigando-nos por múltiplos e variados mecanismos de autopunição, como o projetamos sobre os outros, castigando-os por seus supostos erros.

A partir da culpa, assumimos uma conduta sadomasoquista: masoquista, porque punimos a nós mesmos, e sádica, porque castigamos os outros a partir da projeção de nossos sentimentos de culpa. Muitas vezes não suportamos em nós e nos outros os sentimentos de alegria e prazer; por isso, castigamo-nos assim como aos outros. E o castigo, por vezes, pode chegar a ser para alguns, estranhamente, um ato prazeroso.

A concepção de vida culpada, que atravessou épocas, não ocorreu por acaso. Este processo se deu (e se dá) numa trama de relações sociais com a qual nos constituímos historicamente. O viés da culpa não é gratuito.

A culpa gera uma limitação da vida e produz uma rigidez na conduta, o que, em última instância, gera um autocontrole sobre os sentimentos, os desejos e os modos de agir de cada um. Emerge, desta forma, um controle social internalizado, e cada um fica como se estivesse engessado, impossibilitado de expandir seus sentimentos e necessidades vitais.

Interessa à sociedade em que vivemos esse engessamento dos indivíduos.

A culpa impede a vida livre, a ousadia e o prazer, fatores que, multiplicados ao nível social, significam a impossibilidade de controle do processo de vida em sociedade, segundo parâmetros conservadores. A sociedade conservadora não suporta existir sem os mecanismos de controle internalizados pelos indivíduos - a culpa é, assim, muito útil.

Nesta perspectiva, a observação e a compreensão do uso do erro na prática escolar revelam que a questão é bem mais ampla que somente o fato de proceder a um pequeno castigo de um aluno individualmente. A trama das relações sociais, que constitui o tecido da sociedade predominantemente conservadora na qual vivemos, tem uma força determinante sobre as nossas condutas individuais. Tal força é mediada por múltiplos mecanismos, dentre os quais a culpa e o medo através do castigo.

Contudo, o erro poderia ser visto como fonte de virtude, ou seja, de crescimento. O que implicaria estar aberto a observar o acontecimento como acontecimento, não como erro; observar o fato sem preconceito, para dele retirar os benefícios possíveis. Uma conduta, em princípio, é somente uma conduta, um fato; ela só pode ser qualificada como erro, a partir de determinados padrões de julgamento.

Toda vez que se observa um fato, a partir de um preconceito, não se observa o fato, mas uma imagem amalgamada pelo fato, cimentada pelo preconceito. Isto é, o fato é julgado antes de ser observado. O fato mesmo só emergirá a partir do momento que o preconceito for sendo dissolvido e a observação, "desengessada".

É preciso, antes de mais nada, observar, para depois julgar. Nossa prática, entretanto, tem sido inversa: primeiro colocamos a barreira do julgamento, e só depois tentamos observar os fatos. Neste caso, a observação fica "borrada" pelo julgamento. Certamente, não é fácil observar primeiro para depois julgar, mas é preciso aprender esta conduta, se queremos usar o erro como fonte de virtude, ou seja, de crescimento.

O Que é o Erro?

A idéia de erro só emerge no contexto da existência de um padrão considerado correto. A solução insatisfatória de um problema só pode ser considerada errada, a partir do momento que se tem uma forma considerada correta de resolvê-lo; uma conduta é considerada errada, na medida em que se tem uma definição de como seria considerada correta, e assim por diante.

Sem padrão, não há erro. O que pode existir (e existe) é uma ação insatisfatória, no sentido de que ela não atinge um determinado objetivo que se está buscando. Ao investirmos esforços na busca de um objetivo qualquer, podemos ser bem ou malsucedidos. Aí não há erro, mas sucesso ou insucesso nos resultados de nossa ação.

Em metodologia da Ciência, sempre se diz que há um caminho aleatório pelo qual a humanidade tentou produzir a Ciência - o método da "tentativa do acerto e do erro". Ou seja, para produzir conhecimento, ia-se tentando; se desse certo, obtinha-se um conhecimento, caso contrário, não havia conhecimento e ia-se tentar novamente. Neste caso, não se trabalhava com uma hipótese plausível a ser testada; trabalhava-se
aleatoriamente.

Esta caracterização de "acerto e erro" é ampla e, usualmente, pode ser útil para expressar o esforço de alguém que busca, "no escuro do conhecimento", um caminho para compreender ou para agir sobre o mundo. Porém, se atentarmos bem para o que acontece de fato nesse processo, não há nem acerto nem erro. Ocorre, sim, um sucesso ou um insucesso como resultado da atividade. Caso o resultado nos conduza à satisfação de uma necessidade - um produto, conhecimento novo -, tivemos sucesso no nosso esforço; caso não tenhamos obtido a satisfação de nossas necessidades, chegamos a um insucesso.

Neste caso, não temos nem acerto nem erro, pois não existe um padrão que possa permitir o julgamento do "acerto" ou do "erro", não há aí um guia que nos permita ajuizar do acerto ou do erro.

Deste modo, só ao nível da linguagem comum e utilitária podemos definir esse método como "método do acerto e do erro'. De fato, na situação exposta no parágrafo anterior, não se configura "acerto' ou "erro". Existe, aí, um esforço de construção, que pode ser bem ou malsucedido. Quando se chega a uma solução bem-sucedida, pode-se dizer que se aprendeu positivamente uma solução; quando se chega a um resultado não-satisfatório, pode-se dizer- também positivamente - que ainda não se aprendeu o modo de satisfazer determinada necessidade.

Contudo, neste contexto, não existe erro. Para que exista erro, é necessário existir um padrão. No caso da moralidade, existem os preceitos estabelecidos dentro das diversas sociedades, a partir de suas determinações materiais e sociais. Por exemplo, o roubo só pode ser considerado erro numa sociedade que esteja fundada na posse privada dos bens.

Se tal posse fosse comum a todos, não haveria como ocorrer roubo. Do ponto de vista do Direito Público, Civil, Penal etc., existem as leis, social e positivamente estabelecidas, que definem o que é correto. A partir daí, as condutas que não se conformarem à norma, serão consideradas erros sociais, a serem sancionados física, social ou materialmente, de acordo com o que determinar a lei. No caso de uma solução científica ou tecnológica já estabelecida, será considerado erro o encaminhamento que se fizer em desconformidade com o padrão já construído.

No caso da aprendizagem escolar, pode ocorrer o erro na manifestação da conduta aprendida, desde que já se tenha o padrão do conhecimento, das habilidades ou das soluções a serem aprendidas. Quando um aluno, em uma prova ou em uma prática, manifesta não ter adquirido determinado conhecimento ou habilidade, através de uma conduta que não condiz com o padrão existente, então podemos dizer que ele errou.

Cometeu um erro em relação ao padrão.

O Uso do Erro Como Fonte de Virtude

Tanto o "sucesso/insucesso" como o "acerto/erro" podem ser utilizados como fonte de virtude em geral e como fonte de "virtude" na aprendizagem escolar.

No caso da solução bem ou malsucedida de uma busca, seja ela de investigação científica ou de solução prática de alguma necessidade, o "não-sucesso" é, em primeiro lugar, um indicador de que ainda não se chegou à solução necessária, e, em segundo lugar, a indicação de um modo de "como não se resolve' essa determinada necessidade. O fato de não se chegar à solução bem-sucedida indica, no caso, o trampolim para um novo salto.

Não há por que ser hetero ou autocastigado em função de uma solução que não se deu de forma "bem-sucedida:'. Há, sim, que se utilizar positivamente dela para avançar na busca da solução pretendida.

Diz-se que Thomas Edison fez mais de mil experimentos para chegar ao bem-sucedido na descoberta da lâmpada incandescente. Conta seu anedotário biográfico que, após muitos experimentos malsucedidos, um seu colaborador quis desistir do empreendimento e Edison teria comentado: "Por que desistir agora, se já sabemos muitos modos de como não fazer uma lâmpada? Estamos mais próximos de saber como fazer uma lâmpada". Os insucessos foram, assim, servindo de trampolim para o sucesso de sua busca.

O insucesso, neste contexto, não significa erro; ao contrário, serve de ponto de partida para o avanço na investigação ou na busca da satisfação de uma necessidade prático-utilitária.

Os erros da aprendizagem, que emergem a partir de um padrão de conduta cognitivo ou prático já estabelecido pela Ciência ou pela Tecnologia, servem positivamente de ponto de partida para o avanço, na medida em que são identificados e compreendidos, e sua compreensão é o passo fundamental para a sua superação. Há que se observar que o erro, como manifestação de uma conduta não-aprendida, decorre do fato de que há um padrão já produzido e ordenado que dá a direção do avanço da aprendizagem do aluno e, conseqüentemente, a compreensão do desvio, possibilitando a sua correção inteligente.

Isto significa a aquisição consciente e elaborada de uma conduta ou de uma habilidade, bem como um passo à frente na aprendizagem e no desenvolvimento.

O erro, para ser utilizado como fonte de virtude ou de crescimento, necessita de efetiva verificação, para ver se estamos diante dele ou da valorização preconceituosa de um fato; e de esforço, visando compreender o erro quanto à sua constituição (como é esse erro?) e origem (corno emergiu esse erro?).

Reconhecendo a origem e a constituição de um erro, podemos superá-lo, com benefícios significativos para o crescimento. Por exemplo, quando atribuímos uma atividade a um aluno e observamos que este não conseguiu chegar ao resultado esperado, conversamos com ele, verificamos o erro e como ele o cometeu, reorientamos seu entendimento e sua prática. E, então, muitas vezes ouvimos o aluno dizer: "Poxa, foi agora que compreendi o que era para fazer!". Ou seja, foi o erro, conscientemente elaborado, que possibilitou a oportunidade de revisão e avanço. Todavia, se nossa conduta fosse a de castigar, não teríamos a oportunidade de reorientar, e o aluno não teria a chance de crescer. Ao contrário, ele teria um prejuízo no seu crescimento, e nós perderíamos a oportunidade de sermos educadores.

O erro, especialmente no caso da aprendizagem, não deve ser fonte de castigo, pois é um suporte para a autocompreensão, seja pela busca individual (na medida em que me pergunto como e por que errei), seja pela busca participativa (na medida em que um outro - no caso da escola, o professor - discute com o aluno, apontando-lhe os desvios cometidos em relação ao padrão estabelecido). Assim sendo, o erro não é fonte para castigo, mas suporte para o crescimento.

Nesta reflexão, o erro é visto e compreendido de forma dinâmica, na medida em que contradiz o padrão, para, subseqüentemente, possibilitar uma conduta nova em conformidade com o padrão ou mais perfeita que este. O erro, aqui, é visto como algo dinâmico, como caminho para o avanço.

O Erro e a Avaliação da Aprendizagem Escolar

A questão do erro, da culpa e do castigo na prática escolar está bastante articulada com a questão da avaliação da aprendizagem.

A avaliação da aprendizagem, à medida que se foi desvinculando, ao longo do tempo, da efetiva realidade da aprendizagem para tornar-se um instrumento de ameaça e disciplinamento da personalidade do educando, passou a servir de suporte para a imputação de culpabilidade e para a decisão de castigo.

De fato, a avaliação da aprendizagem deveria servir de suporte para a qualificação daquilo que acontece com o educando, diante dos objetivos que se têm, de tal modo que se pudesse verificar como agir para ajudá-lo a alcançar o que procura. A avaliação não deveria ser fonte de decisão sobre o castigo, mas de decisão sobre os caminhos do crescimento sadio e feliz.

Para maior aprofundamento nas questões relativas à avaliação da aprendizagem, remetemos o leitor a outros textos de nossa autoria: "Avaliação educacional: otimização do autoritarismo", publicado em Equívocos Teóricos da Prática Educacional, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Tecnologia Educacional; "Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo', publicado na revista Tecnologia Educacional, da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, n. 61; "Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino?", texto elaborado para a V Conferência Brasileira de Educação - CBE, realizada em Brasília, no período de 2 a 5 de agosto de 1988 (a ser publicado).

Conclusão

Ressaltamos que, nesta reflexão, importa deixar claro que não estamos fazendo uma apologia do erro e do insucesso, como fontes necessárias do crescimento. Se assim estivéssemos pensando e propondo, estaríamos também assumindo uma posição sadomasoquista, ou seja, entendendo que o sofrimento seria um suporte necessário para o crescimento. Não se trata disso. Não defendemos esse ponto de vista, nem por imaginação.

A vida é boa e bela para ser vivida por si e por suas qualidades.

O que desejamos ressaltar é o seguinte: por sobre o insucesso e o erro não se devem acrescer a culpa e o castigo. Ocorrendo o insucesso ou o erro, aprendamos a retirar deles os melhores e os mais significativos benefícios, mas não façamos deles uma trilha necessária de nossas vidas. Eles devem ser considerados percalços de travessia, com os quais podemos positivamente aprender e evoluir, mas nunca alvos a serem buscados.

Reiteramos que insucesso e erro, em si, não são necessários para o crescimento, porém, desde que ocorram, não devemos fazer deles fontes de culpa e de castigo, mas trampolins para o salto em direção a uma vida consciente, sadia e feliz.

Referência:

LUCKESI, Cipriano Carlos (Professor de Filosofia da Educação, com mestrado em Educação pela Universidade da Bahia): Texto “Prática escolar: do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude”; 133 a 140

Avaliação Educacional – Fórum I


Sabemos que o tema AVALIAÇÃO tem sido ultimamente muito debatido nos meios acadêmicos e científicos. Pergunto: Quais as características da avaliação, o que avaliar e como avaliar? OBSERVAÇÃO: SEMPRE CITE AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE ONDE VOCÊ BASEOU SUA RESPOSTA NOS MOLDES DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). FAÇA SEMPRE A CORREÇÃO DOS SEUS TEXTOS QUANDO ENVIAREM PARA O PROFESSOR. FIQUE ATENTO AO PRAZO DE ENTREGA DA ATIVIDADE.

A avaliação educacional é uma tarefa didática necessária e permanente no trabalho do professor, ela deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem. É através dela que vão sendo comparados os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, conforme os objectivos propostos, a fim de verificar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para as correcções necessárias. A avaliação insere-se não só nas funções didáticas, mas também na própria dinâmica e estrutura do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA).

A avaliação é um elemento muito importante no Processo de Ensino e Aprendizagem, porque é através dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados num dado capítulo ou unidade temática. A avaliação reflete sobre o nível do trabalho do professor com o do aluno, por isso a sua realização não deve apenas culminar com atribuição de notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos. Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos e das técnicas/normas; ajudam o professor a melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os alunos a desenvolverem a autoconfiança na aprendizagem; determina o grau de assimilação dos conceitos.

A motivação do docente no ensino e a sua adequada formação deve dar o direito de comunicar ou se expressar, representando algo que seja para a criança se comunicar a partir do vocabulário formal a partir de uma linguagem "normalizada" determinada pela sua evolução mental, com capacidades para descobrir, investigar, experimentar, aprender e fazer, aprofundando os seus conhecimentos no domínio da natureza e da sociedade.

Conceito

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) "a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho."

Para GOLIAS (1995; p90) a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, continuo e sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo".

Para PILETTII (1986; p190) "avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento dos alunos, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo"

LIBÂNEO (1991; p196) define "avaliação como um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes".

NÉRICI (1985; p449) "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ele, a avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação da aprendizagem".

Objetivos da avaliação

Qualquer atividade que realizamos no dia a dia realizamo-lo com um certo objetivo, tal como outras atividades. Educar tem em vista determinados objectivos, que permitam o desenvolvimento do indivíduo como um todo; no domínio cognitivo, afectivo e psicomotor.

Num processo de avaliação são definidos objetivos específicos (componente interna) que correspondem a atividade que se deve observar na avaliação. Por exemplo na 8ª classe na disciplina de Desenho Técnico, o professor antes de elaborar um teste de desenho, primeiro deve definir os objetivos do que se espera relevantes aos objetivos gerais, onde os objetivos específicos podem ser expressos através de verbos restritos e operacionais, tais como:

•          Traçar retas paralelas utilizando régua e esquadro;
•          Dividir circunferências em 8 partes iguais.

A avaliação só é possível através de um bom planejamento. Sempre que o professor avalia o discente, necessita replanejar as aulas e usar novos métodos pedagógicos, dependendo das dificuldades apresentadas pelos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.

Importância da avaliação

A importância da avaliação reside na sua função social e pedagógica. A avaliação tem a função diagnostica psico-pedagógica e didática.

Diagnóstica - identifica as dificuldades do aluno e os conhecimentos prévios. Ajuda ao professor a constatar as falhas no seu trabalho e a decidir a passagem ou não para uma nova unidade temática. Também ajuda o aluno a realizar um esforço de sinetes das diferentes partes do programa do ensino, criar hábitos de trabalho independente e consciencializar o grau consecutivo dos objetivos atingidos após um período de trabalho.

Pedagogico-Didáctica – refere-se ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar. Permite um reajustamento com vista à processução dos objetivos pedagógicos pretendidos, ao mesmo tempo favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um dever social; contribui para a avaliação para correção de erros de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.

Função de Controle - controla o PEA, exigindo mais dos professores, pois a observação visa a investigar, identificar os fatores do ensino, fazendo com que o professor se adapte aos diferentes comportamentos dos alunos. Permite que haja um controle contínuo e sistemático no processo de interação professor - alunos no decorrer das aulas.

Características da avaliação educacional

•          Reflete a unidade: objetivo/conteúdo/método: o aluno precisa saber para o que estão trabalhando e no que estão sendo avaliados e quais serão os métodos utilizados.
•          Revisão do plano de ensino: ajuda a tornar mais claro os objetivos que se quer atingir, onde o professor à medida que vai ministrando os conteúdos vai elucidando novos caminhos, ao observar os seus alunos, o que possibilitará tomar novas decisões para as atividades subsequentes.
•          Desenvolve capacidades e habilidades: uma vez que o objetivo do processo ensino e aprendizagem é que todos os alunos desenvolvam as suas capacidades físicas e intelectuais, sua criticidade para a vida em sociedade
•          Ser objetiva: deve garantir e comprovar os conhecimentos realmente assimilados pelos alunos, de acordo com os objetivos e os conteúdos trabalhados.
•          Promove a auto percepção do professor: permite ao professor responder questões como:
Os meus objectivos são claros? Os conteúdos são acessíveis, significativos e bem dosados? Os métodos são os mais apropriados aos meus "clientes"? Auxilio bem os que apresentam dificuldades de aprendizado?

Tarefas da avaliação

Nos diversos momentos do PEA são tarefas da avaliação as seguintes:

Conhecer o aluno

Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de todos.

Verificar os ritmos de progresso do aluno

É a coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos através de provas, exercícios ou de meios auxiliares, como observação do desempenho e entrevista, para verificar se houve um progresso do aluno desde o ponto de partida da aprendizagem até ao momento. O professor pode organizar um caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.

Detectar as dificuldades de Aprendizagem

Ao avaliar, o professor pode detetar algumas dificuldades dos alunos. Também pode apontar as dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos tem "problemas na representação do afastamento ou cota de um ponto", escreve corretamente e conhece bem a Gramática. Este registo deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.

Orientar a aprendizagem

Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, melhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o ensino de forma que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.

Etapas da avaliação

Durante o PEA podemos encontrar as seguintes etapas:

•          Determinar o que vai ser avaliado;
•          Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação;
•          Selecionar as técnicas e instrumentos de avaliação;
•          Realizar a aferição dos resultados.

Métodos de avaliação

Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:

•          Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação ou qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
•          Para avaliação Sumativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as provas objectivas e subjectivas. Para o caso concreto da disciplina de biologia deve-se utilizar as provas objectivas, que se apresentam com maior clareza, objetividade e precisão – são diretas.
•          Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios práticos, provas, etc.

Tipos de avaliação

Avaliação diagnóstica

Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano letivo, do semestre/ trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:

•          Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
•          Constata deficiências em termos de pré-requisitos;
•          Constata particularidades

Avaliação formativa

Esta avaliação ocorre ao longo do ano lectivo. É através desta avaliação que se faz o acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho.

•          Informa sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
•          Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
•          Localiza deficiência/dificuldades.

Avaliação somativa

Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do ano letivo, segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final).

Tipos de testes

A verificação e a quantificação (avaliação) dos resultados de aprendizagem no inicio, durante e no final das unidades visam a sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que continuem se dedicando aos estudos. Sendo uma das funções da avaliação determinar o quanto e em que nível de qualidade estão sendo atingidos os resultados. Durante o desenvolvimento da aula acompanha-se o rendimento dos alunos por meio de exercícios, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, observação do comportamento, conversas, recordação da matéria, são aplicadas provas ou testes de aproveitamento.

Provas orais

Realizam-se na base do diálogo entre professor e o aluno, obedecendo os seguintes critérios:

•          Criar condições favoráveis para que os alunos se sintam à vontade.
•          Criar uma conversa amigável com o aluno para que este se sinta à vontade.
•          Feita a pergunta, deve-se dar tempo para que esta seja objeto de reflexão.
•          O professor deve fazer perguntas claras precisas, diretas e formuladas de maneira pensada.

Provas escritas

Estas provas podem ser usadas em qualquer aula no início da aula seguinte para o professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e então, saber que rumo dar aos trabalhos da nova aula. Se é para repetir, retificar ou prosseguir, dependendo da situação vivida no momento quando ao saber, saber fazer e saber ser, estar nos alunos; por conseguinte, as provas escritas frequentemente utilizadas são: ACS (Avaliação do Conhecimento Somativo), ACP (Avaliação do Conhecimento Parcelado), ACF (Avaliação do Conhecimento Formativo) e Exame Final, dependendo ainda delas a atribuição de notas ou classificação, as quais vão determinar a aprovação e reprovação do aluno.

Provas práticas

Neste tipo de prova o aluno é posto diante duma situação problemática que há de ser resolvido por uma realização material, um conhecimento de elementos visuais. Este tipo de provas é característico do Desenho Técnico.

Critérios de avaliação

A avaliação deve obedecer os seguintes critérios:

•          Tem que ser benéfico;
•          Deve ser justo e uniforme;
•          Deve ser global;
•          Deve ser eficaz na produção e mudanças no comportamento;
•          Deve estar ao alcance dos alunos;
•          O processo de avaliação deve ser aberto;
•          As conclusões finais devem ter certa validade e longo prazo.
•          Deve ser praticável e não deve ser incómodo e inútil.

Os Critérios da escolha das Técnicas e Instrumentos de Avaliação dependem:

•          Dos objetivos de avaliação;
•          Dos meios,
•          Dos conteúdos/complexidade da matéria;
•          Tempo disponível/duração;
•          Número de alunos na turma;
•          O tipo do aluno;
•          A idade dos alunos;
•          As condições da sala de aula.

Modelo tradicional e adequado da avaliação

Gadotti (1990 – Op. Cit.) diz que a avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão, sobre a ação. Entende-se que a avaliação não pode morrer. Ela se faz necessária para que possamos refletir, questionar e transformar nossas ações. O mito da avaliação é decorrente de sua caminhada histórica, sendo que seus fantasmas ainda se apresentam como forma de controle e de autoritarismo por diversas gerações. Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua função didático-pedagógica de auxiliar e melhorar o ensino/aprendizagem. A forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a concretização do projeto educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a escola valorizam. O autor, na tabela da página a seguir, traça uma comparação entre a concepção tradicional de avaliação com uma mais adequada a objetivos contemporâneos, relacionando-as com as implicações de sua adoção.

Comparação dos dois modelos de avaliação

Visão tradicional

•          Ação individual e competitiva
•          Concepção classificatória
•          Apresenta um fim em si mesma
•          Postura disciplinadora e diretiva do professor
•          Privilégio à memorização
•          Pressupõe a dependência do aluno.

Modelo adequado

•          Ação coletiva e consensual
•          Concepção investigativa e reflexiva
•          Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
•          Postura cooperativa entre professor e aluno
•          Privilégio à compreensão
•          Incentiva a conquista da autonomia do aluno.

Bibliografia

•          BORDENAVE, Juan Dias & PEREIRA, A. Martins; Estratégias de Ensino-Aprendizagem.
•          FIRME, T. P. (1994) Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro.
•          GADOTTI, M. Uma escola para todos os caminhos da autonomia escolar. Petrópolis: Vozes, 1991.
•          LIBÂNEO, José (1985); A Prática Pedagógica de Professores da Escola Pública. São Paulo.
•          LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
•          MINED, regulamento geral do ensino básico. Maputo, 2003
•          PILET, Nelson (2000); Psicologia Educacional, Editora Ática, 17ª Edição, São Paulo
•          Enciclopédia Eletrônica Livre Wikipédia, Nov 2011